quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Como as Formigas constroem os seus formigueiros? Com arquitectura avançada e cooperação.

Eu gosto de formigas, a maioria das pessoas não as tolera. Apesar disso não podia deixar de partilhar convosco as expetaculares imagens que resultaram de uma experiência algo sofisticada levada a cabo pela Unidade de Investigação da NASA, na Florida. Pretendia-se naquele trabalho descobrir como é que as formigas constroem os seus formigueiros.
Na primeira imagem podemos ver o formigeiro construido para as protagonistas desta história - as formigas. Estas foram colocadas numa espécie de aquário gigante fechado, iluminado com uma luz ultravioleta (que representa o Sol) e um gel transparente contendo os nutrientes constituintes do solo (que representa a terra). Passados poucos minutos, as formigas começam a construir canais no gel, o que lhes permite circular na "terra". O resultado é uma autêntica obra de arte que podem acompanhar nas fotos abaixo, passo a passo.



terça-feira, 24 de novembro de 2009

O FOXP2 do chimpanzé e do homem - novo estudo sobre a origem da fala e linguagem

Geneticamente, somos muito parecidos com os chimpanzés. Mas há pelo menos uma coisa que nos distingue radicalmente desses nossos “primos”: nós falamos e eles não. Como é que essa profunda transformação surgiu ao longo da evolução?

Pouco se sabe ainda sobre os mecanismos biológicos da emergência da fala. Mas resultados publicados na revista Nature no dia 11 de Novembro por Dan Geschwind, da Universidade da Califórnia, e colegas, sugerem que ela se deverá, em parte, à evolução de um único gene. Mais precisamente: o FOXP2. O desenvolvimento da capacidade de falar nos seres humanos modernos, concluem os cientistas, terá começado com umas alterações naquele gene, surgidas depois de o nosso ramo evolutivo se ter separado do dos outros primatas. Essas alterações no FOXP2, por sua vez, provocaram duas mudanças na proteína fabricada pelo gene, que terão desencadeado uma série de acontecimentos celulares no cérebro humano e levado ao desenvolvimento da fala. “O nosso estudo é o primeiro a analisar o efeito nas células humanas destas [alterações] na proteína produzida pelo FOXP2” diz Geschwind num comunicado.Já se sabia que o FOXP2 estava envolvido nas capacidades linguísticas, porque no ser humano as mutações neste gene provocam perturbações da fala e da linguagem. Agora, os cientistas compararam o efeito das duas versões do gene – a “ancestral”, dos chimpanzés, e a humana actual – em células humanas e em tecidos humanos e de chimpanzé. E descobriram que os efeitos de cada versão do gene são diferentes: a proteína FOXP2 humana, cuja função é activar certos genes cerebrais e desactivar outros, não apresenta o mesmo padrão de activação que a proteína dos chimpanzés. “Descobrimos que um número significativo dos genes-alvo [da proteína FOXP2] têm uma expressão diferente nos cérebros humano e de chimpanzé”, diz Geschwind. “Não só as [duas versões] do [gene] FOXP2 são diferentes, como também funcionam de forma diferente. Os nossos resultados poderão permitir perceber por que os humanos nascem com os circuitos cerebrais necessários à fala e à linguagem e os chimpanzés não”, salienta.“Graças à identificação dos genes influenciados pelo FOXP2”, diz Genevieve Konopka, co-autora, “temos um novo conjunto de ferramentas para estudar como a linguagem humana é regulada ao nível molecular.” O que poderá permitir, segundo o mesmo documento, perceber as perturbações da fala associadas ao autismo ou a esquizofrenia – e talvez, um dia, encontrar formas de as atenuar.
Notícia lida em Público .pt

domingo, 22 de novembro de 2009

Células estaminais podem criar uma nova pele para vítimas de queimaduras

Cientistas franceses afirmaram ter descoberto uma forma de usar células estaminais embrionárias humanas para criar pele nova, que poderia ser usada em vítimas de queimaduras graves.
Segundo os investigadores do Instituto de Terapia com Células-Tronco de Evry, em França, as células estaminais podem ser cultivadas e transformadas em pele, em 12 semanas.
Esta pele de células estaminais poderia resolver os problemas de rejeição dos pacientes com queimaduras graves.
Christine Baldeschi, que liderou o estudo, afirmou que os resultados são promissores.
A Investigadora afirmou que a nova técnica poderá levar à criação de um "recurso ilimitado para a substituição temporária da pele em pacientes com grandes queimaduras, que aguardam enxertos".

Desenvolvimento embrionário
A técnica francesa copiou as etapas que levam à formação da pele durante o desenvolvimento embrionário.
Os cientistas colocaram as células estaminais numa rede artificial o que lhes permitiu formar uma camada de pele.
Esta pele foi enxertada em cinco ratinhos que passadas 12 semanas, apresentava uma estrutura compatível com a da pele humana.
O próximo passo da equipa será testar a nova técnica em pacientes humanos.
Atualmente, pacientes com queimaduras graves podem ser tratados com o uso de uma técnica que cultiva pele nova usando células da pele do próprio paciente.
No entanto, o cultivo desta nova pele demora três semanas, e o paciente fica exposto ao risco de infecções e desidratação.
Pele de cadáveres é usada durante este período para cobrir as queimaduras, mas a disponibilidade é limitada e geralmente esta pele é rejeitada pelo sistema imunológico do paciente.
Outro método que já foi tentado envolve o uso de redes artificiais nas quais as células podem ser cultivadas, mas esta técnica não funciona em grandes queimaduras. Há também o aumento do risco de rejeição e transmissão de doenças, já que esta técnica usa material de bovinos e outras pessoas.
Holger Schluter, do Centro de Estudo do Câncer Peter MacCallum em Melbourne, Austrália, afirmou que o estudo francês é um progresso.
"Esta descoberta sugere que a pele derivada de células estaminais embrionárias pode ser transplantada para pacientes com queimaduras que esperam enxertos de pele, com um risco reduzido de rejeição", afirmou.

sábado, 21 de novembro de 2009

DAMSL - Atlas digital de espécies marinhas


Hoje nas minhas pesquisas pela net encontrei um recurso excelente para biólogos marinhos, estudantes ou para aqueles que se interessam pelo que se encontra e se esconde debaixo da superficie marinha. Falo do Atlas Digital de Espécies Marinhas, um projecto da Universidade de Miami que nos apresenta uma base de dados iconográfica de grande interesse.
Desde o Mar Vermelho até à Grande barreira de coral, o Atlas cobre uma vasta região, com fotografias das espécies que habitam as profundidades marinhas com uma boa resolucão e também com os nomes científicos das mesmas. Além disso, utilizando o Google Earth os visitantes podem apreciar fotos de várias regiões bastando apenas deslocar o cursor do rato para a região escolhida. Em cima podemos ver Tubastrea aurea, uma espécie de coral e Haliclona sp. uma esponja. Mas estas não são as únicas maravilhas que encontraremos no atlas, por isso proponho que lhe façam uma visita para comprova-lo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

HojeÉ... dia de pensar no MAR


HOJE comemora-se o DIA NACIONAL DO MAR. Este ano a celebração é dedicada ao tema "O Mar e o Desenvolvimento Sustentável". Um pouco pelo país inteiro acontecem actividades para assinalar a efeméride.
O mar está a morrer! PORQUÊ?
Porque o nosso apetite insaciável por peixe e a ganância de indústrias cada vez mais poderosas e sem escrúpulos que não sejam os do lucro desenfreado e imediato, transformou os oceanos, berço e suporte de toda a vida, em desertos explorados até à exaustão total.
E o MAR é tão importante para nós. E faz-nos tão bem.
O oceano é um espaço tridimensional cuja imensidão se projecta em todas as direcções, exercendo a sua magia e encanto em múltiplas vertentes da nossa vida. Desde a contemplação dos deslumbrantes finais de tarde à beira-mar, ao prazer das descobertas que um passeio entre a zona de marés proporciona, o oceano consegue sempre surpreender e fascinar. Constitui uma inesgotável fonte de inspiração para a criação artística e é objecto de estudo por parte da comunidade científica, ansiosa por desvendar os segredos e mistérios do berço da vida. Por outro lado, o oceano proporciona uma grande variedade de bens e serviços essenciais à vida. Das suas águas o Homem retira 1/5 do total da proteína animal que consome, explorando comercialmente perto de 3.000 espécies marinhas. Consumimos espécies como o Alabote, o Atum, o Bacalhau, os Camarões, o Espadarte, o Linguado, o Peixe-Espada Branco, o Redfish, a Pescada, a Raia, o Salmão, a Solha e o Tamboril - espécies que estão na lista de espécies ameaçadas. De inúmeras espécies produzem-se medicamentos, roupa e um interminável conjunto de bens, sem os quais a nossa qualidade de vida seria forçosamente diferente.

"O FUTURO DOS OCEANOS DEPENDE DA NOSSA ESCOLHA. A procura e o aumento do consumo de animais marinhos deixou algumas espécies em estado vulnerável. É preciso defendê-las e agir por um oceano sustentável. Através de uma escolha adequada, e respeitando os oceanos, podemos fazer a diferença. Na altura da sua compra informe-se sobre a origem e método de captura, ou criação, da espécie que vai adquirir. Se não estiver seguro da sua escolha siga a nossa sugestão." > uma iniciativa do Oceanário de Lisboa:

terça-feira, 10 de novembro de 2009

NANO ESFERAS- um nova ferramenta para reparar espinal medula

Nano esferas - as ‘copolymer micelles’ têm 60 nanómetros de diâmetro
Investigadores na Universidade de Purdue, no Indiana (EUA), descobriram uma nova abordagem para reparar fibras nervosas danificadas na espinal-medula usando nano esferas que podem ser injectadas directamente no sangue, logo após um acidente.
As ‘copolymer micelles’ sintéticas são constituídas por 60 nanómetros de diâmetro e são cem vezes mais pequenas do que um glóbulo vermelho. A investigação liderada por Ji-Xin Cheng, professor associado do departamento de Química da Weldon School of Biomedical Engineering, da Universidade de Purdue, foi publicada ontem, no «Nature Nanotechnology». As ‘micells’ podem ter outras aplicações, como tratamento de cancro, por exemplo. As esferas já são usadas há mais de 30 anos como veículo de transporte de medicamentos, mas nunca tinham sido utilizadas directamente como medicina para um tecido danificado. Um grave ferimento na espinha dorsal resulta numa ruptura da membrana neuronal, seguindo-se processos neuro-degenerativos secundários extensos, mas a reparação terá mais probabilidades de sucesso se for imediata. As esferas podem combinar dois tipos de polímeros, um hidrofóbico e outro hidrófilo, ou seja, um que pode ser misturado com água e o outro não, mas este tem a possibilidade de ser carregado com fármacos para tratar doenças. Um dos agentes mais usados é o ‘polyethylene glycol’ (PEG) e, segundo estudos levados a cabo na Universidade de Purdue, o PEG têm trazido grandes avanços no tratamento de danos na espinha de animais, já que “ataca” especificamente as células danificadas e sela a área ferida, reduzindo a possibilidade de futuros problemas. O 'polyethylene glycol’ tem ainda uma função importante na restauração de células. O estudo foi feito em ratos com a espinha dorsal danificada, para a tese de doutoramento de Yunzhou Shi, orientada por Cheng e ficou provado que reduz eficazmente a inflamação da lesão e que os animais podem mesmo recuperar a capacidade de locomoção.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Berlintwitterwall: MURO digital para derrubar

Para comemorar o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, o Kulturprojekte Berlin GmbH (uma organização que trata de mediatizar a arte e cultura na capital alemã) criou o «Berlintwitterwall.com» – uma parede virtual onde os internautas poderão partilhar pensamentos sobre o fim da divisão europeia, uma fronteira que custou a vida a centenas de fugitivos e todos os muros que ainda faltam derrubar para tornar o mundo num lugar melhor.

A página apresenta-se sob a forma de parede grafitada, que funciona como uma espécie de twitter – o popular mini blog –, e pode ser actualizada através de mensagens de correio electrónico ou de telemóvel até 140 caracteres. Se se clicar no "stop" e "play", antigas mensagens (tweets) são mostradas. Outro ícone, uma câmara, apresenta uma selecção de trabalhos artísticos que cairão como acto símbolico para a festa "Fest der Freiheit" (Festival da liberdade) no Brandenburg Gate, em Berlim. Na página pode ler-se todo o tipo de mensagens vindas dos vários cantos do mundo, tal como o convite para derrubar a Grande Muralha da China, como exigência ao direito à liberdade de expressão, dadas todas as censuras sofridas, mormente, na internet. Cada vez que um internauta chinês pretende entrar numa página considerada prejudicial pelo governo aparece a incómoda mensagem: “não é possível aceder à página”. Num abrir e fechar de olhos o Muro de Berlim virtual ficou repleto de frases. Nele aparecem mesmo imensas escritas em caracteres chineses e experiências pessoais sobre o dia 9 de Novembro de 1989. A iniciativa é apoiada pelos «Repórteres sem fronteiras» (Reporters Without Borders: For Press Freedom).

Notícia em Ciênciahoje.pt

domingo, 8 de novembro de 2009

Estamos a ficar sem TEMPO. E ELAS (as ESPÉCIES) também

A ameaça de extinção a plantas e animais não pára de aumentar. A UICN (União Internacional para a Conservação) revelou a actualização da Lista Vermelha no passado dia 3 de Novembro. Das 47.677 espécies registadas, 17.291 estão ameaçadas de extinção.
Segundo esta lista, estão ameaçados 21 por cento de todas as espécies de mamíferos conhecidas para a ciência, 30 por cento dos anfíbios, 12 por cento das aves, 28 por cento dos répteis, 37 por cento dos peixes de água doce, 70 por cento das plantas e 35 por cento dos invertebrados.“É cada vez mais claro e evidente que está a criar-se uma séria crise de extinções”, comentou Jane Smart, directora do Grupo de Conservação da Biodiversidade da UICN, em comunicado. “Em Janeiro será lançado o Ano Internacional da Biodiversidade. Mas a análise mais recente da Lista Vermelha da UICN mostra que a meta para 2010 de reduzir a perda de biodiversidade não será alcançada”, lamentou. “Já é altura de os Governos começarem a falar a sério sobre a conservação das espécies e colocar a questão no topo das suas agendas para o próximo ano. Estamos a ficar sem tempo”.A Lista Vermelha revela que dos 5490 mamíferos do planeta, 79 estão extintos ou extintos na natureza, 188 estão Criticamente Ameaçados, 449 estão Ameaçados e 505 estão Vulneráveis. Agora, esta lista tem 1677 espécies de répteis, 293 das quais acrescentadas este ano. No total, 469 estão ameaçadas de extinção e 22 já estão extintas ou extintas na natureza.“Os répteis do planeta estão, sem dúvida, a sofrer, mas a situação pode ser muito pior do que parece”, comentou Simon Stuart, responsável pela Comissão da UICN para a Sobrevivência das Espécies. “Precisamos de uma avaliação de todos os répteis para compreender a gravidade da situação. Mas não temos os dois ou três milhões de dólares [1355 milhões ou 2032 milhões de euros] para a fazer”, salientou. Actualmente, 1895 das 6285 espécies de anfíbios estão em perigo de extinção, tornando-os no grupo mais ameaçado. Destes, 39 estão extintos ou extintos na natureza, 484 estão criticamente ameaçados, 754 estão ameaçados e 657 estão vulneráveis. Quanto às plantas, das 12.151 espécies na Lista Vermelha, 8500 estão ameaçadas de extinção, com 114 já extintas ou extintas na natureza. A Lista tem 7615 espécies de invertebrados, 2639 estão ameaçados de extinção, e 2306 moluscos, 1036 dos quais estão ameaçados. Além disso, 3120 espécies de peixe de água doce figuram agora na Lista, quando no ano passado eram 510.“Estes resultados são apenas a ponta do iceberg. Só conseguimos avaliar 47.663 espécies até agora: há muitos mais milhões lá fora que podem estar gravemente ameaçados”, comentou Craig Hilton-Taylor, gestor da Unidade da Lista Vermelha da UICN.
Fonte da notícia: Público.pt

DESAFIO...recriar o UNIVERSO como uma OBRA de ARTE.

O Ano Internacional de Astronomia quer reaproximar a arte da ciência e transformar os astros em objectos de contemplação. Neste sentido lançou um desafio a todos os alunos das escolas portuguesas, do Ensino Básico e Ensino Secundário, através de um concurso - Astronomia Artística. Os interessados são convidados a recriarem planetas, luas, estrelas, galáxias através da arte, utilizando qualquer veículo como a multimédia, artes plásticas, literatura (poesia, conto) ou música.
Então... VAMOS PÔR A CRIATIVIDADE À PROVA ... e...MÃOS À OBRA.
Regulamento: Download PDF
Ficha de Inscrição: Download PDF
Cartaz do concurso: Download RAR
Data limite para entrega de trabalhos: 31 de Janeiro de 2010
Podes ler mais em http://www.astronomia2009.org/astroarte

O Ano Internacional de Astronomia (www.astronomia2009.org) é organizado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), da Fundação Calouste Gulbenkian, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, da Agência Ciência Viva e da European Astronomical Society (EAS).

Mercúrio sempre a surpreender...

A sonda norte-americana "Messenger" que sobrevoou Mercúrio a 29 de Setembro de 2009 revelou quase toda a superfície do planeta, até ao momento desconhecida. Foram captadas imagens a cores que permitiram detectar uma grande abundância de ferro e titânio à superfície do planeta.
Na imagem, a área amarela (parte superior) mostra uma forte atividade vulcânica explosiva. No centro, a bacia de 29 km de diâmetro tem um interior liso que pode ser o resultado de vulcanismo efusivo.
A sonda Messenger recolheu dados a partir dos quais, é agora possível conhecer quase toda a superfície, até agora misteriosa, do planeta mais pequeno do sistema solar, revelou a NASA.

Cerca de 98 por cento da superfície do planeta está fotografada, graças aos dados obtidos pelo Messenger em Setembro deste ano, em Janeiro e Outubro de 2008 e ainda pelo Mariner 10 (primeiro engenho a aproximar-se de Mercúrio em 1974 e 1975). Apenas os dois pólos ainda estão por descobrir. Messenger vai olhar para essas regiões quando se instalar, de forma permanente, na órbita do planeta em 2011. “Ainda que a superfície de Mercúrio fotografada (em Setembro) a baixa altitude represente menos de 563 quilómetros de parte a parte do equador, as novas imagens lembram-nos que Mercúrio está sempre a surpreender-nos”, escreve em comunicado Sean Solomon, responsável científico por esta missão. Os instrumentos a bordo da sonda captaram imagens a cores de alta definição, permitindo desvendar novas características geológicas. Esta missão do Messenger mostrou também uma grande abundância de ferro e de titânio à superfície do planeta. A descoberta foi uma surpresa porque as observações feitas da Terra e nos voos antecedentes do Messenger mostraram uma fraca concentração destes metais.
Os novos dados sobre a composição de Mercúrio levantam novas questões sobre a sua origem. Alguns cientistas afirmam que Mercúrio se formou principalmente a partir de restos de um corpo que terá colidido com a Terra.
Site original da notícia em NASA
Noticia lida em Público.pt

sábado, 7 de novembro de 2009

Primeiro Atlas das bactérias do corpo humano

Bacterias vulgarmente encontradas na pele humana – Staphylococcus aureus, E. Coli, Proteus mirabilis, and others – blossoms into full-blown handprint on a culture medium. Photo Source: Exploring The Human Body: Incredible Voyage.The Book Division National Geographic Society, Washington D.C. 199 .
Muitos de vocês já alguma vez perguntaram – Quantas bactérias existirão no organismo humano? O número de micróbios que existem em teu corpo ronda os 100 triliões, muitos deles associados a funções fisiológicas básicas, tais como o bom funcionamento do sistema imunitário, a digestão e até a eliminação de agentes patogénicos.
Também todos sabemos que apesar do genoma humano variar muito pouco de um ser humano para outro, o teu organismo está exposto a situações muito diferentes das do meu, e por isso as bactérias se organizam de forma diferente. Partindo desta premissa, microbiólogos da Universidad de Colorado em Boulder empreenderam uma ambiciosa tarefa: desenhar o primeiro atlas de bactérias do corpo humano. As organizam-se de formas diferentes de um ser humano a outro e para prová-lo os investigadores tiraram amostras do corpo de 51 voluntários, das axilas, do cabelo, do canal do ouvido, das mãos, dos dedos, da parte de trás dos joelhos, da boca, etc. De uma forma surpreendente, os investigadores encontraram diferenças notáveis na concentração de de um individuo para outro, com diferenças muito relevantes na mesma zona do organismo. Por exemplo, as regiões com menores diferenças foram os pés, a cabeça e a boca, enquanto que os joelhos e o tronco apresentavam as maiores diferenças.
As diferenças levantam questões, como por exemplo se temos marcas microbianas diferentes desde o nascimento, ou se estas evoluíram à medida que fomos crescendo. De facto, dos 4200 tipos de reveladas pelos investigadores, só cinco eram compartilhadas por todos os participantes no estudo.
Apesar de ser necessária uma investigação mais aprofundada conhecendo-se o padrão de variabilidade de um individuo para outro, será possivel desenvolver estratégias para identificar regioes do onde transplantes de microbios específicos possam melhorar a saúde.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Máquina dos raios X no top das 10 melhores invenções tecnológicas

Muitas das invenções em ciência marcaram um antes e um depois a partir do momento em que apareceram. Não estamos a falar de novos inventos, como é óbvio, mas sim de inventos científicos e tecnológicos que fizeram história pela sua importância em termos revolucionários para as respectivas áreas. A máquina de raios-X foi eleita a melhor invenção de sempre, numa votação promovida pelo Museu de Ciências de Londres.
Criado em 1895, este aparelho ganhou dez mil dos 50 mil votos que o museu recebeu nesta eleição que propunha aos eleitores reflectirem sobre o impacto das invenções ao longo dos tempos. Andy Adam, presidente do Royal College of Radiologists, mostrou-se satisfeito com o resultado, pois considera que este mecanismo revolucionou a Medicina, no sentido de ter possibilitado a visualização do interior do corpo humano, sem para que isso fosse necessário abri-lo."A tecnologia na radiologia avançou tanto que estamos prestes a chegar à era do paciente transparente”, afirmou. A Medicina foi a área melhor posicionada nesta votação, tendo ocupado todos os lugares do “pódio”. Em segundo lugar ficou a penicilina e em terceiro, a descoberta da estrutura do ADN. Entre as dez invenções mais votadas estão ainda a Apollo 10, a máquina a vapor e o telégrafo como podem ver na lista em baixo. Esta eleição foi realizada no âmbito do centenário do Museu de Ciências de Londres, local onde os objectos mais votados estão expostos.

1. Máquina de raios X
2. Penicilina
3. Modelo do DNA
4. Nave Apollo 10
5. Foguete V2
6. Locomotiva a vapor 'Rocket'
7. Computador ACE
8. Máquina a vapor
9. Carro Ford T
10. Telégrafo
Claro que, como é normal em qualquer ranking a subjectividade está presente. Por exemplo a máquina a vapor e o telégrafo parece-me estar num lugar abaixo do merecido. E O PRIMEIRO LUGAR! É certo que os raios X trouxeram um avanço substancial, mas foram mais importantes que a descoberta da penicilina e do DNA? Deixem a vossa opinião nos comentários. Nós agradecemos.

Imagens em Funnytogo

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Gelado de Morango - "Sobremesa Medicinal"

Cientistas desenvolvem gelado que combate efeitos secundários da quimioterapia

Uma equipa de investigadores da Nova Zelândia está a desenvolver, juntamente com uma grande multinacional de nutrição, um gelado que tem se tem demonstrado promissor no combate aos efeitos secundários da quimioterapia em pacientes com cancro. Para já, esta "sobremesa medicinal" está apenas em fase de testes, tendo os participantes ingerido 100g do gelado com sabor a morango por dia.Adoptando o nome de ReCharge, esta sobremesa é composta por ingredientes activos de produtos lácteos que permitem aliviar a diarreia, anemia e a falta de apetite que costumam afectar os pacientes submetidos à quimioterapia.“Os dois componentes bioactivos do leite desenvolvidos para o ReCharge têm o potencial único de ajudar o organismo a lidar com os efeitos adversos da quimioterapia”, afirmaram os autores do estudo.

Fonte da notícia: Farmacia.com.pt

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Genoma dos (3) Porquinhos revelado

É verdade o genoma dos nossos tão conhecidos porquinhos também foi (quase) sequenciado.
Um grupo de cientistas conseguiu decifrar 98% da sequência do DNA do porco doméstico, um avanço que terá consequências no estudo sobre doenças em humanos, dada a semelhança entre as duas espécies. Mais especificamente, os especialistas decifraram o DNA de um porco vermelho da raça Duroc, que vive em uma fazenda da Universidade de Illinois (Estados Unidos) e que se soma assim à lista de animais cujo genoma já foi sequenciado, anunciaram hoje os autores da pesquisa, do Instituto Wellcome Truste Sanger de Hinxton, na Inglaterra.
A descoberta permitirá aos cientistas determinar quais são os genes mais úteis para a produção suína e quais os envolvidos no desenvolvimento do sistema imunológico do porco ou de outros processos fisiológicos importantes.
Além disso, a sequência genética do porco doméstico contribuirá para melhorar a criação suína, já que fornecerá mais informações sobre as doenças que costumam afectar os animais, e ajudará a preservar a população global de porcos selvagens ou em vias de extinção.
Os investigadores concordam que este avanço poderá ter também sua repercussão nos estudos sobre a saúde humana, já que a fisiologia, o comportamento e as necessidades nutricionais dos porcos e do homem são muito similares.
"Esta sequência fornece à comunidade científica uma ferramenta que servirá para entender melhor as doenças humanas, facilitando estudos cardiovasculares, pulmonares, gastrintestinais e imunológicos", explicou o diretor do instituto, Allan Bradley.
"O porco é um animal único, que é importante para a alimentação e que é utilizado como um animal modelo para o estudo das doenças humanas", ressaltou Larry Schook, professor de Ciências Biomédicas da Universidade de Illinois e líder do projeto.
Schook destacou que ter decifrado 98% da sequência do DNA deste animal tornará possível "aprender mais sobre os efeitos no genoma da domesticação" ao compará-lo com o dos porcos selvagens.
Fizeram parte da pesquisa cerca de 20 institutos e organizações médicas públicas e privadas de Holanda, França, Estados Unidos, Japão, Coreia e Reino Unido.
Notícia lida em Elmundo.es

Genoma de pepino deixou de ser segredo.

Cientistas do Instituto de Genética de Pequim decifraram o genoma do pepino. Esta descoberta tem como finalidade o aperfeiçoamento deste vegetal

Um grupo de cientistas conseguiu decifrar a sequência genética do pepino, uma descoberta que pode ter importantes implicações para a produção de novas e melhores variedades deste vegetal, indica um artigo hoje publicado na revista Nature.
Combinando técnicas tradicionais de sequenciação e outras de última geração, uma equipa de especialistas do Instituto de Genética de Pequim conseguiu revelar o genoma do pepino, elevando para sete o número de plantas e vegetais cuja composição genética deixou de ser um segredo. Além do pepino já foram decifradas as sequências genéticas da espécie "arabisdopsis thaliana", do arroz, do álamo (uma espécie de choupo), da papaia, da videira e do sorgo. Na prática, esta descoberta permite a criação de variedades de vegetais mais resistentes às pragas e que absorvem melhor os fertilizantes, permitindo ainda modificações genéticas para conseguir espécies melhoradas. Desta forma modificando a estrutura genética podem obter-se variedades de frutas e vegetais que resistam melhor às variações de temperatura ou dos caprichos do tempo e estender a plantação a zonas em que actualmente não se podem plantar. O pepino faz parte da família das "cucurbitaceae", que inclui o melão. Esta família de vegetais e frutas ocupa actualmente cerca de nove milhões de hectares em plantações por todo o mundo, que produzem 184 milhões de frutas e hortaliças por ano.
Noticia em cienciahoje.pt

domingo, 1 de novembro de 2009

SMOS é o satélite que vai vigiar a água no nosso Planeta

Recriação do SMOS em órbita-Foto ESA
A ESA vai pôr em órbita na madrugada de segunda-feira, SMOS (Soil Moisture and Ocean Salinity), a primeira sonda capaz de medir a salinidade e a humidade da terra. O Objectivo é detectar dados que ajudem a entender as variações climáticas
O satélite europeu SMOS, que será lançado da base russa de Plessetsk, vai cartografar a humidade dos solos e a salinidade dos oceanos, para compreender melhor as alterações climáticas.
O lançamento está previsto para as 01h50, por um foguetão Rockot, e está orçado em 315 milhões de euros. O radiotelescópio a bordo do SMOS vai recolher os sinais rádio emitidos pela fina película de água à superfície da Terra. Foram precisos 17 anos para desenvolver as tecnologias que permitem agora fazer esta cartografia, diz a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês). Os instrumentos vão recolher imagens a cada 1,2 segundos. Cada imagem cobrirá mil quilómetros quadrados.“O aquecimento global é um facto” mas as suas consequências no ciclo da água (precipitação, evaporação, infiltração no solo, armazenamento, etc) “ainda são incertas”, explicou recentemente Yann Kerr, responsável científico da missão SMOS, no Centro de Estudos Espaciais da Biosfera (Cesbio). É necessário ter “dados melhores” porque os modelos climáticos actuais “não conseguem reconstituir o que se passa”, nota este especialista. Os dados recolhidos deverão permitir ao SMOS fornecer mapas da humidade do solo com uma resolução inferior a 50 quilómetros, abarcando toda a superfície do globo no espaço de três dias, a partir da sua órbita a cerca de 758 quilómetros de altitude. O SMOS deverá ainda medir as variações da quantidade de sal na água à superfície dos oceanos. A concentração de sal influencia a circulação das águas à superfície do planeta.
Este projecto faz parte de um programa comum de observação da Terra, que reúne a ESA e as agências espaciais francesa (CNES) e espanhola (CDTI).
Site do Projecto SMOS:http://www.esa.int/SPECIALS/smos/
Notícia lida em Público.PT e em ElMundo.es