terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dissecação do choco....no laboratório de biologia

Na atividade proposta os alunos observaram a morfologia externa do corpo do choco, os órgãos internos, como o coração, os órgãos reprodutivos, aparelho digestivo e o saco de tinta. Dissecaramo olho. Aprenderam a identificar o género ( masculino ou feminino) do choco. Ficaram a conhecer os seus modos de vida, os habitats, a sua fisiologia e as ameaças que pairam sobre estes animais e a sua biodiversidade principalmente as alterações climáticas como o aquecimento global.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sair do choco... está na hora!

Está na hora de sair do Choco…
vem ver o Choco ao vivo !!!!



No dia 23 de Novembro às 15 horas vai realizar-se uma atividade prática:
Disseção do Choco (Sepia officinalis)no laboratório de Biologia (AOLB)
Aparece
e
descobre os mistérios do interior do choco
Nota: Obrigatório trazer bata
Esta atividade insere-se na “Semana da Ciência 2011”  com o tema "Alterações Climáticas VS Biodiversidade" que decorre esta semana  na  Escola Secundária com 3º ciclo do Entroncamento, organizada pela Equipa da Biblioteca Escolar  em colaboração com o “Clube Ciência em Movimento”  e com docentes de vários grupos disciplinares que propoêm um conjunto de atividades destinadas a divulgar o conhecimento científico ao nível de algumas das suas principais vertentes.
Estas atividades associam-se à “Semana da Ciência e Tecnologia 2011” dinamizada pela “Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica”, que decorre a nível nacional entre 21 e 27 de novembro. Durante este período, as mais variadas instituições científicas, universidades, escolas, associações, museus e Centros Ciência Viva de todo o país abrem as suas portas ao público, lançando um convite para uma viagem pelo conhecimento.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Moscas-da-fruta "nadam no ar" dizem os Fisicos

Descoberta de Fisicos pode inspirar novos projectos de carros voadores



Foto Biol. Linda B. Muñoz Martínez
http://bancodemoscas.fciencias.unam.mx/Imagenes/Drosophila.jpg

As moscas-da-fruta não voam, mas nadam no ar.
“Um estudo sobre o voo da mosca da fruta, publicado na “Physical Review Letters” , revelou que a forma de voar destes insectos não tem “praticamente nada a ver” com o “modo padrão” deste movimento, em que as asas são flexionadas na vertical, de baixo para cima e vice-versa.
Os investigadores constataram que as suas asas movem-se na horizontal, num movimento que se assemelha muito mais ao nado de animais aquáticos, sendo esta a primeira demonstração de voadores que usam o arrasto para gerar propulsão.
(…)
Esta descoberta, para além de ser uma nova inspiração para projectos de veículos voadores, pode também ter impacto sobre a teoria da evolução. Alguns biólogos já tinham levantado a possibilidade de que alguns animais aquáticos poderiam ter evoluído para animais voadores directamente, sem precisar passar pela etapa terrestre. (…)
Até agora, ninguém tinha conseguido apresentar provas da conversão de um nado num voo, o que se julgava serem coisas absolutamente distintas. Esta nova investigação, segundo os seus autores, dá algum crédito a esta hipótese, mostrando que, pelo menos no caso da mosca-da-fruta, "nadar no ar" é um facto.

Podem ler o artigo completo, aqui, aqui. e no Physical Review Letters

domingo, 27 de março de 2011

Cientistas japoneses criam os primeiros espermatozóides em laboratório


Um grupo de cientistas japoneses da Universidade de Yokohama conseguiu criar, a partir de um milímetro de tecido do testículo de um ratinho, espermatozóides em laboratório. A investigação abre portas a futuras terapias para preservar a fertilidade masculina.

O mecanismo de produção de espermatozóides a partir de células reprodutivas masculinas é um dos processos mais complexos do organismo humano e que pode chegar a demorar um mês no interior dos testículos. Daí que, até agora, tenha sido tão difícil reproduzir este processo em laboratório. Uma barreira que um grupo de investigadores japoneses conseguiu ultrapassar, tendo agora publicado um estudo com as conclusões na revista Nature. A descoberta veio demonstrar que é possível obter espermatozóides a partir de cultura de células testiculares e, mais difícil ainda, a partir de ratinhos recém-nascidos e que ainda não se conseguem reproduzir. Mas, mais importante, o grupo conseguiu utilizar o esperma para fecundar um óvulo, dando início a uma longa descendência de ratinhos saudáveis e férteis. “Colhendo um fragmento de tecido dos testículos de ratinhos recém-nascidos e cultivando-o num gel de agarose durante dois meses conseguimos obter esperma capaz de fecundar normalmente um óvulo”, explicou o responsável pela equipa de investigação da Universidade de Yokohama, Takehiko Ogawa. O investigador esclareceu, ainda, que o trabalho foi aplicado em ratinhos pelo que é prematuro estabelecer um paralelismo com os humanos. Contudo, salientou que é natural pensar nas aplicações em termos de fertilidade que uma descoberta destas pode permitir. Uma ideia que também foi avançada por Marco Seandel y Shahin Rafii, do Colégio Médico Weill Cornell, nos Estados Unidos. Citados pelo mesmo jornal, os médicos destacaram que a descoberta pode abrir caminho a futuras terapias para preservar a fertilidade masculina, nomeadamente em crianças com cancro, onde tratamentos como a quimioterapia ou a radioterapia podem condenar os doentes a problemas de reprodução e onde ainda não é possível preservar esperma, ao contrário do que acontece nos doentes adultos.

Notícia em: http://www.bbc.co.uk/news/health-12825694

quarta-feira, 23 de março de 2011

Pobre Phoca vitulina, a foca comum europeia, tão contaminada

A contaminação das águas costeiras europeias está a afectar as focas.


Estas especies são usadas como biomonitores da contaminação global.
Uma investigação realizada por cientistas europeus verificou que a foca-comum (Phoca vitulina) que vive em estuários ou noutros locais perto da costa onde haja indústria apresenta elevados níveis de contaminação no seu organismo.

A equipa de investigação descobriu que uma população de focas Phoca vitulina que vive no estuário do rio Elba, na Alemanha, está exposta a maiores níveis de contaminação relativamente a outros animais que não vivem perto da costa. As actividades industriais e de dragagem tornam este rio num dos maiores agentes contaminantes das águas alemãs do Mar do Norte.

Existe uma grande comunidade de focas na Europa, especialmente concentradas na Escócia, países da Escandinávia e no Mediterrâneo onde vivem as focas-monge (Monachus monachus). Esta espécie que está em grande perigo de extinção também vive na Madeira.

“O que acontece com as focas ocorre com outras espécies que partilham o mesmo ecossistema,” refere Perez Luzardo, cientista da Universidade de Las Palmas que integrou o estudo. “Este tipo de estudos, repetidos com frequência, são importantes porque permitem verificar a eficácia das políticas que estão a ser desenvolvidas para prevenir a contaminação química.”

Para realizar este estudo os especialistas mediram a concentração de poluentes orgânicos persistentes (POP), muitos deles proibidos há mais de 30 anos, mas que ainda persistem na água devido à sua grande resistência.

Estes mamíferos marinhos apresentam concentrações elevadas de vários metais e de contaminantes orgânicos clorados provenientes do rio Elba. As focas mostraram também níveis elevados de gama-globulinas e anticorpos (mediadores do sistema imunitário) comparados com outros animais que não vivem no estuário. Estes resultados sugerem que nesta zona existe uma grande concentração de agentes patogénicos que podem causar doenças.

Actualmente os investigadores analisam de que forma este tipo de contaminação afecta os seres humanos e outras espécies animais, como as tartarugas marinhas das Canárias e Cabo Verde.
Imagem daqui

sábado, 19 de março de 2011

Lua Cheia... em Grande... esta noite


A Lua cheia de sábado à noite vai estar especialmente grande. Tão grande que se pode chamar de uma super Lua. Uma conjugação de acontecimentos astronómicos, que não ocorriam desde Março de 1993, vão proporcionar uma Lua 14 por cento maior e 30 por cento mais brilhante.
“A última Lua cheia tão grande e próxima da Terra foi em Março de 1993”, disse à NASA Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos, em Washington DC. “Eu diria que vale a pena dar uma olhadela.”

A explicação para este fenómeno deve-se à órbita da Lua à volta da Terra. Este movimento é elíptico. Ao longo desta órbita o satélite não está sempre à mesma distância do nosso planeta.

Em média, quando a Lua está mais próxima da Terra está a cerca de 363 mil quilómetros. Este ponto chama-se perigeu. Quando está mais longe, está a cerca de 405 mil quilómetros, o apogeu da Lua. No perigeu, o astro está mais próximo de nós cerca de 42 mil quilómetros. Visto da Terra parece 14 por cento maior.

A Lua completa a sua órbita mais ou menos a cada mês. Hoje a Lua vai estar no seu perigeu ao mesmo tempo que é Lua cheia. O que é raro, acontece uma vez em cada 18 anos. A distância exacta da Terra à Lua durante a madrugada de domingo será de apenas 356 mil quilómetros.

A única consequência desta aproximação vai ser um aumento de centímetros das marés cheias e uma diminuição de alguns centímetros durante as marés baixas. Não há mais nenhum risco acrescido.

A NASA recomenda as pessoas a olharem para o astro durante o nascer da Lua. Por motivos que ainda não são totalmente compreendidos pelos astrónomos, mas que envolvem algum tipo de ilusão visual, durante o nascimento a Lua parece especialmente maior. Em Portugal continental, o satélite vai nascer às 18h52, cerca de 40 minutos depois de ter atingido a Lua cheia. Vai pôr-se na madrugada de domingo, às 6h39.

Notícia lida em publico.pt

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ave do Ano 2011 - A Cagarra, um barómetro do nosso mar

O cagarro distingue-se pelo seu bico amarelo, dorso acastanhado e ventre branco. O seu chamamento é muito característico e está na origem do nome que lhe foi atribuído, podendo ser escutado durante a noite, quando regressam aos seus ninhos.


As cagarras podem viver em média 50 anos. Entre os cinco a oito anos de vida regressam a terra apenas para nidificar no mesmo local onde nasceram, passando, assim, praticamente toda a sua vida no mar. Esta espécie alimenta-se essencialmente de peixes, cefalópodes e crustáceos.
O cagarro - Calonectris diomedea borealis (Crédito: Francisco Botelho em Olhares.com)

Tem um som inconfundível e está de volta às zonas costeiras, principalmente dos Açores e Madeira. O cagarro, também conhecido como pardela-de-bico-amarelo ou cagarra, foi escolhido como a Ave do Ano 2011, em Portugal, pelos sócios da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) – um sinal da sua importância e representatividade do estado dos nossos ecossistemas marinhos.

Ao nível da União Europeia, “as aves marinhas já estavam em foco há muito tempo por serem o grupo mais ameaçado do mundo”, segundo explicou, ao «Ciência Hoje», Pedro Geraldes, biólogo da SPEA e coordenador do projecto LIFE+, justificando a escolha da organização.

Esta é uma das poucas aves que nidifica no Continente, Açores e Madeira. Regressa nesta época do ano aos territórios de reprodução, depois de uma longa viagem pelo Atlântico Sul. O cagarro é uma ave marinha pelágica, ou seja, apenas vem a terra para nidificar, sobretudo em ilhas e ilhéus. Para tal, o seu habitat preferido são áreas de inclinação muito pronunciada com vegetação rasteira, em zonas de falésia fragmentada e de solo ligeiro, segundo um estudo apurado pela investigadora Eva Immler, mestranda da Universidade de Ciências Aplicadas Van Hall Larenstein.

O grande problema que envolve esta espécie é a perda do seu habitat de nidificação, devido à “interacção com actos de pesca, à passagem de predadores, como ratos ou gatos e até formigas ”, sustentou ainda o biólogo, acrescentando que “as aves mais pequenas e jovens não conseguem resistir”. Nas ilhas dos Açores e da Madeira, as luzes das zonas urbanas interferem igualmente causando o encadeamento das aves juvenis nos seus primeiros voos, sendo comum observá-las caídas. Muitas destas morrem, vítimas de atropelamento ou de predadores, quando não são socorridas.

A SPEA, através de actividades, trabalha activamente para promover a sua conservação. No âmbito do projecto LIFE+ «Ilhas Santuário para as aves marinhas» – uma parceria da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar dos Açores, da Câmara Municipal do Corvo e da Royal Society for the Protection of Birds (RSPB) –, por exemplo, realiza desde 2009 uma série de acções destinadas a melhorar o habitat de nidificação desta e de outras espécies de aves marinhas na Ilha do Corvo e no Ilhéu de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel. A associação científica tem recorrido ao uso de ninhos artificiais para incentivar a cagarra a regressar ao seu habitat.

“Os mais de 150 ninhos artificiais colocados até à data são importantes para conseguir ter novas populações desta ave em zonas onde já nidificaram, mas foram abandonadas devido à predação dos seus ovos ou juvenis por mamíferos introduzidos pelo homem nas ilhas, como os ratos ou os gatos”, referiu o coordenador do projecto. Para além da avaliação de potenciais ameaças para a nidificação, outras das medidas são “a tentativa de erradicação de predadores” e de “plantas exóticas invasoras”, substituindo-as por plantas endémicas .

Estas aves, com estatuto Vulnerável segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, têm um chamamento peculiar e estridente, apenas possível de escutar nos Arquipélagos dos Açores – onde tem 65 por cento da sua população mundial –, Madeira e Berlengas. No entanto, também é possível ver esta ave de passagem ao longo da costa continental.

Pedro Geraldes salienta que esta pardela pode andar durante meses em migração e “em 20 dias conseguem fazer três a quatro mil quilómetros” – o que significa que "acaba por alimentar-se em locais fora da nossa Zona Económica Exclusiva" e, por isso, “o alerta [para a conservação desta espécie] deve passar as fronteiras”.

Este ano, para além dos ninhos artificiais instalados na Ilha do Corvo terem sido alvo de melhoramentos significativos, o esforço conjunto de uma equipa de investigadores internacionais tem trazido à mais pequena ilha dos Açores as mais recentes tecnologias que permitam atrair novos indivíduos para as recém-criadas áreas de nidificação para esta e outras espécies.

Noticia retirada de cienciahoje.pt.

A CAGARRA ENCONTRA-SE EM PERIGO? Ler mais na página da SPEA

quinta-feira, 10 de março de 2011

Proctet Planet

Proteger o nosso PLANETA
Esta página electrónica da ONU convida a um passeio virtual por 150 mil áreas protegidas do mundo.
DESCOBRE-AS
Dos fiordes da Noruega aos vulcões da Austrália, aqui fica um convite para um passeio virtual por 150 mil áreas protegidas do planeta. A página electrónica inclui também informação sobre 216 locais em Portugal.
Uma recomendação do DM do
http://zoomarineblogue.blogs.sapo.pt/ que eu subscrevo

Elefantes aprendem rápido a trabalhar em equipa, para resolução de problemas.

Rapidez dos elefantes a resolver problemas em equipa deixa investigadores surpreendidos.
Os elefantes são famosos pelas suas proezas de memória extraordinária. Agora, um novo estudo demonstrou que os elefantes são igualmente bons a trabalhar em equipa e aprendem depressa a resolver problemas.

Investigadores da Universidade britânica de Cambridge concluíram que os elefantes são tão rápidos quanto os chimpanzés a trabalhar em equipa para resolver um problema, segundo um artigo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Joshua Plotnik, líder deste estudo, referiu que os elefantes "ajudam-se uns aos outros nos seus problemas" e parecem, em algumas situações, "muito ligados emocionalmente", sendo, por isso, "de esperar que existisse algum nível de cooperação e entre-ajuda" entre eles. No entanto, "a rapidez com que aprendem" a cooperar para resolver um problema deixou-o "admirado".
De acordo com o investigador do departamento de psicologia experimental da Universidade de Cambridge, os elefantes são tão rápidos quanto os chimpanzés a aprender, em conjunto, a resolver um problema.

Os testes que levaram a esta conclusão foram feitos na Tailândia e envolveram seis pares de elefantes que tinham de alcançar uma plataforma com comida, puxando, em conjunto, uma corda para trazer os alimentos até uma cerca, atrás da qual se encontravam.

Os elefantes foram testados 40 vezes durante dois dias e cada par descobriu como trazer a comida até si, nunca depois da oitava tentativa.

Numa segunda fase, os cientistas tentaram separar os elefantes. Os animais rapidamente aprenderam a esperar pelos seus parceiros, numa taxa de sucesso entre 88 e 97 por cento.
Vê o Video aqui

sábado, 5 de março de 2011

Supermicroscópio permite observar vírus ao pormenor

Um supermicroscópio, com uma resolução de 50 nanómetros promete revelar um mundo nunca antes revelado pela microscopia. A equipa britânica que o desenvolveu espera usá-lo para observar vírus ao pormenor.


Simulações da estrutura de um vírus, como esta do da gripe, podem dar lugar a imagens reais (Mário Cameira)

Um nanómetro é um milionésimo de milímetro. A ordem de grandeza que esta equipa do Centro de Investigação de Processamento laser da Universidade de Manchester fala na Nature Communications é de conseguir uma definição de 50 nanómetros, capaz, dizem à BBC, de pôr a nu, moléculas individuais ou vírus.
.

A técnica pode permitir ver caracteristicas de estruturas tão pequenas nunca visualizadas anteriormente.
O novo dispositivo usa ondas sonoras evanescentes, só possíveis de detectar a grande proximidade do objecto, neste caso um nano objecto, e que normalmente não eram detectadas por outros métodos de observação. Este supermicroscópio encaminha essa informação depois para um outro microscópio que a transforma em luz visível e faz com que a vista humana consiga observar uma realidade que até aí lhe estava vedada.

Lin Li, coordenador da equipa, disse à BBC que o novo supermicroscópio será de interesse para o estudo das células, bactérias e vírus numa perspectiva de pormenor até aqui impossível de alcançar.

Para perceberes o que é um nanómetro vê a explicação do ProfessorTony Ryan no video.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Bichos da seda produzem fios de seda colorida e luminescente

Alimentação induz larvas a produzirem seda colorida

Casulos de seda luminescente submetidos a luz UV (Credit: IMRE).




Corante é adicionado para a dieta de bicho-da- seda, nos últimos quatro dias da fase de larva, produzindo uma seda colorida - (Credit: IMRE)
Investigadores de Singapura conseguiram produzir seda colorida ao alimentarem as larvas que produzem esta fibra com corantes. Trata-se de uma abordagem que torna o processo de coloração menos dispendioso, mais "amigo do ambiente" (uma vez que se evita o tingimento convencional baseado em químicos), e ainda com potenciais aplicações na medicina, graças à luminescência do material.

Já se sabia que a alimentação do bicho-da-seda influenciava a sua cor, assim como a do casulo. No entanto esta pigmentação está limitada ao revestimento externo, composto por uma proteína chamada sericina. Esta camada tem de ser retirada até se chegar à seda utilizável, a fibroína - que não contém os pigmentos resultantes da alimentação.
De acordo com o artigo publicado na revista "Advanced Materials", uma equipa de investigadores liderada por Ming- Yong Han, da Agência para a Ciência, Tecnologia e Investigação de Singapura, alimentou bichos-da-seda com folhas de amoreira - o seu "petisco" favorito - misturadas com corantes fluorescentes de rodamina.

Várias combinações deste composto orgânico provocaram a mudança de cor das larvas, que produziram casulos com diversas tonalidades, em que a fibroína também foi afectada. Além disso, sob luzes ultra-violeta, esta seda colorida adquire tons diferentes.

Os investigadores acreditam que a interacção entre as moléculas do corante e a fibroína era o processo que faltava nas tentativas anteriores de colorir a seda através da alimentação.

Embora ainda não se saiba se a nova seda desbota, os cientistas têm esperança de que esta fibra possa ser usada na criação de suportes biocompatíveis para o desenvolvimento de vasos sanguíneos artificiais, ligamentos e outras estruturas.

Notícia lida em cienciahoje.pt

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Molusco sua adaptação a acidez pode dar pistas para o futuro dos sistemas marinhos


Novo molusco dá pistas sobre futuro dos sistemas marinhos
"Polyconites Hadriani" descoberto em Portugal e Espanha

"Polyconites Hadriani' (Foto: Eulàlia Gili)

A ciência tem agora novas pistas sobre a evolução dos sistemas marinhos modernos graças à descoberta de uma nova espécie de molusco - o 'Polyconites Hadriani', que foi encontrado em várias zonas da Península Ibérica e que ao longo da sua existência adaptou-se à acidificação dos oceanos.

Segundo o estudo publicado no "Turkish Journal of Earth Sciences" , os investigadores consideraram este invertebrado o mais antigo do género 'Polyconites', da família 'Polyconitidae', um tipo de molusco marinho já extinto. Pensava-se que o mais antigo deste ramo era o 'Polyconites verneuili', que existe na Espanha e na Turquia.

Eulàlia Gili, da Universidade Autónoma de Barcelona e uma das autoras do estudo, diz que ambos são semelhantes na forma. Contudo, o recém-descoberto é mais pequeno, visto que tem menos três centímetros de diâmetro, e a espessura da sua concha também é três milímetros menor.
A nova espécie foi encontrada em bacias espanholas e portuguesas, onde crescem em agregados densos nas margens das plataformas marinhas de carbonato há 114 milhões de anos, destacou a investigadora.
Adaptação aos "novos" oceanos

Este molusco surgiu no Aptiano Inferior, época compreendida entre 125 milhões e 112 milhões de anos atrás que correspondeu a um período turbulento e de grandes mudanças climáticas. O 'Polyconites Hadriani' viveu assim o primeiro momento anóxico oceânico do Cretáceo (entre 135 e 65 milhões de anos atrás). A anoxia consistiu na ausência de oxigénio no fundo do mar, que provocou o enterro massivo de carbono orgânico e o arrefecimento do clima.

O facto de a concha desta nova espécie ser mais grossa do que a do seu antecessor, do género 'Horiopleura', pode estar relacionado com a adaptação a águas mais frias e com mais acidez, devido ao aumento da solubilidade do dióxido de carbono atmosférico, explicou a geóloga.

Na sua opinião, "a resposta destes moluscos à acidificação dos oceanos pode ser aplicada à futura evolução dos actuais sistemas marinhos, nomeadamente para os organismos cujas conchas ou esqueletos são formados por carbonato de cálcio".

notícia lida em cienciahoje.pt

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Just shoot me...


So shoot me! Photo courtesy Suzanne Niles

Este é o original e sugestivo nome de uma campanha/concurso de fotografia em prol da conservação dos anfíbios, organizada pela organização Amphibianark.

Dirigido a todos os interessados, profissionais e amadores, é uma oportunidade para procurar os melhores ângulos e poses nos anfíbios próximo de si. E as melhores fotografias terão lugar especial no calendário oficial de 2012...

Mais informações na página electrónica oficial do evento.
informação retirada de
http://zoomarineblogue.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Estudo mostra que afinal as cobras tinham patas ...no passado

Fóssil de uma cobra que viveu há 95 milhões de anos ajudou uma equipa de investigadores a compreender melhor como é que estes animais perderam as patas e a traçar a sua origem, segundo um estudo publicado hoje na revista “Journal of Vertebrate Paleontology”.
O fóssil da cobra foi encontrado no Líbano há dez anos (Foto: Alexandra Houssaye).


Apenas são conhecidos três espécimes de cobras fossilizadas com ossos de patas bem preservados. A Eupodophis descouensi, a cobra estudada por esta equipa de investigadores – liderada por Alexandra Houssaye, do Museu de História Natural de Paris –, foi encontrada há dez anos no Líbano.

Com um comprimento total de 50 centímetros, o fóssil revela uma pequena pata traseira com cerca de dois centímetros, junto à pélvis do animal. Apesar de o fóssil mostrar apenas uma pata à superfície, uma segunda pata está escondida na rocha, conforme o revelou um exame feito com recurso a uma nova tecnologia de radiação electromagnética.

“Este fóssil é crucial para compreender a evolução das cobras, dado que representa um estádio evolutivo intermédio, quando as cobras antigas ainda não tinham perdido totalmente as patas que herdaram de lagartos antigos”, explicam os autores do estudo, em comunicado.

Graças à nova tecnologia, que permitiu imagens de grande detalhe da pata escondida na rocha, os cientistas acreditam que a espécie perdeu as patas porque estas cresceram mais lentamente ou durante um período de tempo mais curto. “A revelação de uma estrutura interna dos membros da Eupodophis permite-nos investigar o processo da regressão dos membros na evolução das cobras”, explicou Alexandra Houssaye.

Além disso, os investigadores – entre os quais cientistas da European Synchrotron Radiation Facility (ESRF), em Grenoble, França, e do Karlsruhe Institute of Technology, na Alemanha - esperam contribuir para lançar luz sobre um debate relativo à origem das cobras: será que evoluíram a partir de um lagarto terrestre ou de um que viveu nos oceanos. Este estudo – que mostrou a estrutura interna dos ossos da pata da cobra - aponta para a primeira hipótese, dada a semelhança com lagartos terrestres.
noticia lida em publico.pt
imagem em
http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-12393387

Cabelo pode denunciar consumo de álcool até seis meses depois

Investigadores do Trimega no dia de estreia do novo laboratórioWARNING! Se bebeu, esconda o cabelo! Ele pode denunciá-lo até seis meses depois de uma noite de copos mais desregrada. No seu primeiro dia de trabalho no novo laboratório em Manchester, a Trimega Labs recebeu o «Ciência Hoje», entre diversos meios de comunicação europeus, para uma visita guiada a esta que é uma das mais inovadoras empresas no âmbito da ciência forense e a primeira a testar o consumo de álcool através do cabelo.

A visita foi organizada pela UK Trade & Investment (UKTI) e pela Manchester’s Investment and Development Agency (MIDAS), parte de uma iniciativa que levou os jornalistas a duas das cidades mais activas da ciência britânica – Nottingham e Manchester.

O director-executivo da Trimega Labs, Avi Lasarow, recebeu os jornalistas com entusiasmo. “É o primeiro dia neste laboratório e estamos muito orgulhosos. É bom estar em Manchester, onde as coisas mais excitantes no campo da ciência forense estão a acontecer”, afirma.

Criada em 2005, a empresa, que começou por operar em Londres, desenvolveu uma série de técnicas inovadoras para testar o abuso de vários tipos de drogas – lícitas ou ilícitas. É actualmente líder na detecção do consumo destas substâncias através de análises a cabelos.

A grande inovação é a detecção do consumo de álcool de longa duração. “Enquanto os testes à urina e ao sangue são eficazes apenas para detectar o consumo de alguns dias, os testes ao cabelo – chamados testes aos ésteres etílicos de ácidos gordos (fatty acid ethyl esters - FAEE) podem identificar o consumo de entre dois e seis meses”.

Estas análises são geralmente solicitadas por tribunais, forças policiais, companhias de aviação, serviços de adopção ou serviços de saúde. Pelo prestígio e importância que já tem a nível internacional, a companhia tem também apoio governamental, que promove a facilidade no acesso a países estrangeiros.

Avi Lasarow, director-executivo da Trimega LabsOs serviços da empresa são diversificados. Aquando do acidente do avião da Afriqiyah Airways na Líbia, em Maio de 2010, foi contratada pelo governo daquele país para proceder a testes de identificação das vítimas.

Outra das parcerias internacionais acontece com a África do Sul. “O programa de controlo de tratamento com pessoas infectadas HIV/Sida estava a ter de enfrentar diversos problemas. Começou a verificar-se que haveria algumas pessoas que utilizar esse programa governamental, através do qual se fornece gratuitamente anti-retrovirais para o tratamento da doença, para venderem posteriormente o medicamento no mercado negro”, explica Lasarow.

A Trimega foi então contratada para testar quem tomava ou não os medicamentos. “Quem não tomava era excluído do programa, pois este custa muito dinheiro ao Estado sul-africano”, diz o director-executivo.

Como funciona o teste FAEE

O consumo de álcool não é tão fácil de detectar através do cabelo como o de drogas. Isto porque o etanol (álcool etílico) torna-se presente com muita facilidade em todo o cabelo, mesmo no dos abstémicos. A verdade é que basta estar num bar para o etanol ser detectado no cabelo.

Para evitar encontrar os traços que são provenientes do meio ambiente, e porque ao contrário das outras drogas consumidas, o álcool não é depositado directamente no cabelo, teve de se procurar produtos directos do metabolismo do etanol.

Uma parte do álcool reage com ácidos gordos para produzir ésteres. A soma das concentrações de quatro ésteres etílicos de ácidos gordos é utilizada como indicador do consumo de álcool. À medida que o cabelo cresce, absorve estes marcadores, bem como os EtG.

O primeiro entra no cabelo através da camada externa de sebo. Os outros, formados quase exclusivamente no fígado, são depositados no cabelo através do suor. Quantos mais marcadores, maior o consumo de álcool.
notícia em cienciahoje.pt

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Popeye tinha razão! Afinal os espinafres fortalecem os músculos



O estudo foi realizado na Suécia. O Popeye tinha razão quando dizia que a sua força provinha dos espinafres. O famoso marinheiro, sempre que queria fortalecer os músculos, “engolia” uma lata desta hortaliça, ficando de imediato com os seus bíceps sobrevalorizados, sendo um exemplo a imitar pelos meninos de todo o mundo.

Apesar do efeito não ser instantâneo, como acontecia com a personagem criada em 1929, o estudo publicado na revista "Cell Metabolism" revela que comer um prato de espinafres todos os dias aumenta a eficiência muscular.

Segundo o artigo, que faz capa da publicação científica, o consumo de 300 gramas de espinafres reduz em cinco por cento a quantidade de oxigénio necessária para o funcionamento dos músculos quando se faz exercício físico.
O segredo dos músculos fortes não está no ferro, embora este exista em grande quantidade nos espinafres, mas nos nitratos, que chegam com mais eficiência às mitocôndrias, organitos que produzem a energia nas células. "É como se puséssemos combustível nos músculos. O espinafre faz com que funcionem com muito mais suavidade e eficácia", afirma o autor do estudo, Eddie Weitzberg, do Instituto Karolinska, de Estocolmo.

Ao longo de três dias, o investigador deu a um grupo de voluntários suplementos puros de nitrato numa quantidade equivalente à de um prato de espinafres.

Antes e depois desta dieta, os voluntários pedalaram numa bicicleta ergométrica enquanto o consumo de oxigénio era medido, tendo-se verificado que foi entre três e cinco por cento menor no final. "É um efeito profundo e significativo. Demonstra que afinal o Popeye tinha razão", comentou o especialista.
É de salientar ainda que os espinafres são muito importantes na alimentação pois aportam muitos outros nutrientes, tais como magnésio e vitamina C. Também facilita o trânsito intestinal, sendo ideal para atletas e pessoas que desejem perder peso sem deixar de nutrir-se adequadamente.

Notícia lida em cienciahoje.pt e ojo cientifico.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mãe, como é que as ostras fazem pérolas?

Ostra com uma pérola- imagem retirada de http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pearl_oyster.jpg

A pérola é o resultado de uma reacção natural do molusco contra invasores externos, como certos parasitas que procuram reproduzir-se em seu interior. Para isso, esses organismos perfuram a concha e se alojam no manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra. Para defender-se do intruso, ela ataca-o com uma substância segregada pelo manto, chamada nácar ou madrepérola, composta de 90% de um material calcário - a aragonita (CaCO3) -, 6% de material orgânico (conqueolina, o principal componente da parte externa da concha) e 4% de água. Depositada sobre o invasor em camadas concêntricas, essa substância cristaliza-se rapidamente, isolando o perigo e formando uma pequena bolota rígida. As pérolas perfeitamente esféricas só se formam quando o parasita é totalmente recoberto pelo manto, o que faz com que a secreção de nácar seja distribuída de maneira uniforme. "Mas o mais comum é a pérola ficar agarrada à concha, como uma espécie de verruga. Por isso, "as esféricas são tão valiosas". O tempo médio de maturação de uma pérola é de aproximadamente três anos. Como a ostra por norma se defende muito bem dos invasores com a sua concha, o fenómeno é raro, acontecendo, na natureza, apenas um em cada 10 000 animais. No início do século XX, os japoneses inventaram uma forma simples de acelerar o processo, introduzindo na ostra uma pequena bola de madrepérola, retirada de uma concha, com cerca de três quartos do tamanho final desejado. O resultado é tão bom que, mesmo para um especialista, é difícil distinguir a pérola natural da cultivada. Substâncias presentes na água também podem ser incorporadas à pérola, por isso sua cor varia de acordo com o ambiente, gerando as mais diversas tonalidades. A pérola é a única gema de origem animal.

Até o século XVII, não existia tecnologia para polir pedras preciosas como rubis e esmeraldas, por isso as pérolas eram um dos maiores símbolos de riqueza e poder, usadas como adorno nas mais valiosas jóias da época.

A cor da pérola varia conforme as condições ambientais e a saúde da ostra: as mais comuns são rosa, creme, branca, cinza e preta

As formas da pérola dependem do formato do invasor e do local onde ele se instala. As esféricas são as mais raras e, conseqüentemente, como já foi referido mais valiosas.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mexilhoes inspiram a produção de Adesivo sintético



Os mexilhões apresentam uma grande capacidade de adesão às rochas que habitam. A Universidade de Chicago desenvolveu um novo adesivo, resistente e flexível, baseado nas fibras de ligação destas criaturas.

Os mexilhões apresentam uma grande capacidade de adesão às rochas onde se fixam, na maioria dos casos em locais de grande agitação marítima. A produção de fibras resistentes, pelos próprios mexilhões, é o que permite, a estes animais, a capacidade de aderência.

Cientistas do Instituto alemão Max Planck analisaram estas fibras de forma a determinar como são capazes de manter a força, sem a ocorrência de rupturas na sua estrutura quando, por exemplo, as ondas batem nas rochas.

Uma equipa da Universidade de Chicago por sua vez, anunciou na semana passada que conseguiu replicar estas fibras, o que originou a produção de um adesivo que pode ser usado em máquinas subaquáticas e em cirurgias, como agente de ligação em implantes.

Os adesivos convencionais normalmente são uma combinação de força e fragilidade. As substâncias estão ligadas por ligações químicas covalentes, ou seja, em que há partilha de electrões entre átomos. Contudo, o adesivo de mexilhão sintético, desenvolvido pela Universidade de Chicago, está ligado por metais. Esta característica permite que o adesivo apresente força e flexibilidade, uma vez que as ligações são restabelecidas automaticamente quando quebradas, sem necessidade de fornecer energia ao sistema.

Uma das chaves deste material é a longa cadeia do polímero desenvolvido pela Universidade de Northwestern. Este adesivo toma a forma de uma solução verde quando combinada com sais metálicos a baixo pH e torna-se um gel pegajoso vermelho quando misturado com hidróxido de sódio. A sua rigidez e resistência podem ser ajustadas pela variação do pH ou através do uso de diferentes tipos de iões metálicos na sua produção. Os investigadores estão agora a tentar determinar que outros factores podem afectar as suas propriedades.

Como o adesivo é produzido a partir de produtos naturais, pode ser considerado como ‘amigo do ambiente’.

“A nossa inspiração é aprender novos princípios de design a partir da Natureza, que ainda não foram usados em produtos feitos pelo Homem”, refere Niels Holten-Andersen, da Universidade de Chicago.

Esta investigação foi publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences Early Edition.
Fonte: www.gizmag.com

domingo, 23 de janeiro de 2011

Descoberta Mamã Pterossaurus sem crista e com ovo



Foi encontrado fóssil do Pterossauro junto de um ovo preservado. A presença do ovo indica que este réptil voador era uma fêmea, o que permitiu aos investigadores atribuir um género a estas criaturas, pela primeira vez.

David Unwin, um paleobiólogo do Departamento de Estudos Museológicos da Universidade de Leicester, incorporou a equipa de investigação. Para ele, esta descoberta foi surpreendente: “Se alguém me dissesse a alguns anos atrás que iríamos encontrar este tipo de associação, teria rido e dito ‘talvez num milhão de anos’, porque este tipo de descobertas é muito raro.”

O Pterossauro, também referido como Pterodáctilos, dominou os céus na Era Mesozóica, há cerca de 220-65 milhões de anos atrás. Este espécimen em particular viveu há 160 milhões de anos. Foi descoberto por Junchang Lü, juntamente com os seus colegas, que escavavam rochas sedimentares na província chinesa de Liaoning. Nesta região foram encontrados diversos fósseis nos últimos anos, incluindo uma série de dinossauros com penas que moldaram o pensamento sobre a evolução das aves.

A nova criatura é do género Darwinopterus, mas tem sido apelidada simplesmente como 'Mrs T' pela equipa.

O estado da casca do ovo sugere que estava bem desenvolvido e que Mrs T devia estar muito próxima da postura quando morreu. Parece ter sofrido algum tipo de acidente uma vez que o antebraço esquerdo está partido.

Os investigadores conjecturam que possivelmente caiu enquanto voava devido a uma tempestade ou erupção vulcânica. Quando aterrou, afundou-se no fundo de um lago onde ficou preservada nos sedimentos.

Na publicação desta descoberta, na revista Science, os paleontólogos referem algumas características diferenciadoras de género, no Pterossauro.

“O mais importante deste indivíduo em particular é que tem uma pélvis relativamente grande comparada com outros indivíduos do mesmo Pterossauro Darwinopterus," explica Unwin. “Parece bastante razoável. As fêmeas põem ovos, logo provavelmente precisam de uma pélvis ligeiramente maior. O mais emocionante é que tem um crânio que não tem qualquer tipo de ornamento. Quando olhamos para outros indivíduos da mesma espécie, encontramos alguns com uma grande crista no crânio.”

Os investigadores acreditam que esta distinção da crista entre os vários espécimes do género Darwinopterus encontrados, corresponde a uma diferença de género. “Machos com grandes cristas e pequenos ancas e fêmeas sem crista e ancas maiores.”
Fonte: www.bbc.co.uk

sábado, 22 de janeiro de 2011

Os Tubarões vêem o mundo a preto e branco

Australianos descobrem que tubarões são daltónicos
Ataques podem agora ser mais fáceis de evitar
Uma equipa de investigadores australianos das universidades de Queensland e de Western Australia descobriu que apesar de gozar de uma excelente visão, o maior predador dos oceanos não distingue as cores.

Esta investigação descobriu que os olhos de algumas espécies de tubarão têm apenas células sensíveis à luz (denominadas por cones e que permitem distinguir as cores). Os seres humanos têm nas retinas três tipos distintos de cones, através dos quais é possível distinguir o azul, o verde e o vermelho. Isso permite que a maioria das pessoas consiga detectar uma ampla gama de cores.
A descoberta pode ser útil para o desenvolvimento futuro de pranchas e roupas menos atractivas para os tubarões, o que poderia ajudar a evitar alguns ataques a seres humanos, assim como desenhar redes de pesca que evitem caçar estes animais por engano, assinala Nathan Scott Hart, autor do estudo publicado na revista científica "Naturwissenschaften" .

"Enquanto algumas espécies marinhas vêm as cores, há grandes grupos que aparentemente não são capazes de as distinguir. As baleias, os golfinhos e as focas, assim como os tubarões, têm apenas um cone nas suas retinas e, portanto, são potencialmente incapazes de distinguir as cores ", explica o cientista Hart.

Para realizar esta investigação, os cientistas examinaram as retinas de 17 espécies de tubarões das águas de Queensland e da Austrália ocidental. Dessas dez espécies não tinham nenhum cone. As outras sete espécies têm cones, mas apenas de uma classe, portanto, sensíveis a um comprimento de onda e capazes de distinguir apenas uma cor. A equipa de investigadores sugere, que se as retinas dos tubarões não conseguem distinguir diferentes comprimentos de onda, provavelmente não conseguem distinguir as cores.

Entre as espécies estudadas estão o Carcharhinus limbatus, Carcharhinus obscurus, Carcharhinus cautus, Rhizoprionodon taylori, Carcharhinus Sorrah, Galeocerdo cuvier, Orectolobus maculatus e Orectolobus ornatus.

"É muito cedo para determinar o tipo de roupa que poderia minimizar as possibilidades de um ataque porque depende do número de espécies de tubarão que tem estas características", explica Hart. "Mas agora sabemos a que partes do espectro visível são os tubarões mais sensíveis e podemos iniciar os testes para determinar um objecto que tem um contraste alto ou baixo e depois utilizá-lo no teste comportamental para ver se os animais são atraídos por aqueles que têm um alto ou baixo contraste."
Dados estatísticos da organização International Shark Attack File revelam que grande parte dos ataques de tubarões envolvem mergulhadores e surfistas que usavam roupas de cores escuras.

O investigador australiano acrescentou ainda que a visão dos tubarões é semelhante à de alguns mamíferos aquáticos, como baleias, golfinhos ou focas. “Podem ter chegado à mesma concepção visual por evolução convergente, isto é, adquiriram as mesmas características biológicas, mas em linhagens independentes”, sugeriu.
Fonte: http://www.elmundo.es/

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Diz-me quem são os teus amigos, dir-te-ei que genes tens



É do senso comum que os seres humanos tendem a relacionar-se com aqueles com quem compartilham algo ou que têm características semelhantes. No entanto, um estudo recentemente publicado na revista “Proceedings of National Academy of Sciences" (PNAS) vai mais além e mostra que as amizades têm uma base genética, pelo que as pessoas escolhem os amigos tendo em conta as características contidas no seu ADN.

Uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), dirigida por James Fowler, analisou as semelhanças genéticas e a interligação das relações humanas a partir de dois estudos de saúde americanos independentes que contêm informações detalhadas de várias sequências do genoma dos indivíduos estudados e das suas redes sociais.
Os cientistas analisaram marcadores genéticos específicos dentro das relações sociais de cada indivíduo e constataram que os seres humanos tendem a criar amizades com pessoas que compartilham pelo menos dois dos seis indicadores testados.

Os resultados do estudo mostraram que a união dos grupos humanos de acordo com sua base genética excede o que seria de esperar apenas por critérios de estratificação da população local ou na mesma área geográfica.
Gene do álcool cria amizades
Indivíduos portadores do gene DRD2 - associado ao alcoolismo - tendem a ser amigos de pessoas que também o têm, enquanto que aqueles que não o possuem estabelecem relações de amizade com pessoas na mesma condição.

Por outro lado, pessoas que têm um gene associado a uma personalidade extrovertida criam laços de amizade com outras que não o têm, enquanto aqueles geneticamente predispostas para serem líderes , tendem a juntar-se com os indivíduos cujo ADN os torna seguidores.

Embora ainda não saiba explicar por que genes “atraim” e outros “repelem” indivíduos com perfis semelhantes, James Fowler e a sua equipa dizem que os genes formam o ambiente social, o que pode afectar o comportamento humano . Pelo que indicam no estudo, a influência genética sobre as relações sociais pode ser relevante no futuro da evolução humana.

Fonte da notícia:

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A solução para descontaminar água está na banana


Uma investigadora brasileira pode ter a solução para a descontaminação da água, ao nível de metais pesados e a custo reduzido. O projecto visa reutilizar os desperdícios de banana no Brasil - só na Grande São Paulo, quase quatro toneladas de cascas deste fruto são desperdiçados por semana em restaurantes.

Segundo Milena Boniolo, química da Universidade Federal de São Carlos, São Paulo – que trabalha com estratégias de despoluição da água –, a ideia surgiu após ter visto uma reportagem sobre o desperdício de banana no Brasil.

O método até agora usado pela investigadora era caro (nanopartículas magnéticas) e impossível de ser aplicado por pequenas indústrias. As cascas de banana têm pouco interesse comercial e, por isso, já existem empresas dispostas a doá-las.

Boniolo, em entrevista a um jornal brasileiro, antecipou que “as sobras das bananas são muito grandes” e “como as empresas têm gastos para descartar adequadamente o material”, decidiram “participar nos estudos", doando as cascas.

A casca da banana tem uma grande quantidade de moléculas com carga negativa que atraem os metais pesados, cuja carga é positiva. No entanto, é preciso potenciar essas propriedades e a receita é fácil e até caseira: as cascas de banana são colocadas em assadeiras e são deixadas a secar ao sol durante quase uma semana. O material é então triturado e, depois, passa por uma peneira especial – o que garante que as partículas sejam uniformes.

O resultado é um pó finíssimo, que é adicionado à água contaminada. Para cada cem mililitros a serem despoluídos, usam-se cinco miligramas de pó de banana. Em laboratório, o índice de descontaminação foi de no mínimo 65 por cento a cada vez que a água passava pelo processo.

O projecto foi apresentado em tese de mestrado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Segundo Boniolo, é eficaz com outros metais, como cádmio, chumbo e níquel – muito usados na indústria, mas é preciso encontrar parceiros para viabilizar o uso da técnica em escala industrial. Além de convites para apresentar a ideia no Brasil e na Inglaterra, a química também ganhou o Prémio Jovem Cientista.
Fonte da notícia: cienciahoje.pt

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Encontrada a Rã Mozart e mais cinco espécies supostamente extintas

BOAS NOTÍCIAS PARA A CIÊNCIA, NO MUNDO DA BIODIVERSIDADE
Seis espécies de rãs que se julgavam extintas há mais de vinte anos foram encontradas no Haiti, anunciaram membros da organização privada Conservation International e do Amphibian Specialist Group (ASP).

Os animais autóctones daquela região foram encontrados numa expedição realizada em Outubro em que os especialistas exploravam uma zona montanhosa no sudoeste do Haiti na expectativa de encontrarem a rã Eleutherodactylus glanduliferoides, que já não era vista há 25 anos, e de fazerem a avaliação de outras espécies de anfíbios.

Embora não tivessem encontrado a rã que procuravam, foram “presenteados” com outras seis que acreditavam estar desaparecidas, como a “rã Mozart” (E. Amadeus), cujo o nome deriva dos sons que emite, semelhante a notas musicais.
Outras das espécies encontradas foram a “rã ventríloqua de Hispaniola” (E. dolomedes), a "rã das glândulas campainha" (E. glandulifera), caracterizada pelos seus olhos azul safira, e a "macaya manchada" (E. thorectes), que, com 1,51 centímetros, é uma das menores rãs do mundo.

Também foram encontradas a "Hispaniolana coroada" (E. Corona) e a "macaya buraqueira" (E. parapelates), que apresenta grandes olhos negros e manchas brilhantes cor-de-laranja nas coxas.
Notícia em cienciahoje.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Calvície Masculina a descoberto...

Calvície dos homens pode ter dias contados
Cientistas norte-americanos acreditam ter descoberto a causa da queda de cabelo nos homens

Em muitos homens, as entradas começam a aparecer antes de completarem 30 anos e avançam ao longo das décadas até restar pouco mais do que um tufo no cimo da cabeça e uma área de cabelo na parte de trás.
Especialistas americanos acreditam ter encontrado a causa para a calvície nos homens. Para uma equipe de cientistas da Universidade da Pennsylvania, o problema não está apenas nos cabelos que caem, mas também nos novos, que nascem doentes. O estudo, citado pela BBC, foi divulgado pela revista especializada «Journal of Clinical Investigation».
A equipa de cientistas analisou um grupo de homens que passaram por transplantes capilares, comparando os folículos capilares em áreas de calvície e em áreas com cabelo. Embora as zonas “carecas” apresentassem o mesmo número de células estaminais responsáveis pelos fios que as áreas normais do couro cabeludo, estas células eram menos maduras. Esta diferença significa que os folículos capilares em áreas de calvície encolhem, mas não desaparecem, pelo que os novos fios de cabelo produzidos são microscópicos comparados com os normais.

"Isto sugere que existe um problema na activação de células estaminais, convertendo as células progenitoras em couro cabeludo careca", afirmou George Cotsarelis, que liderou a investigação, acrescentando que “o facto de haver números normais de células estaminais no couro cabeludo calvo traz a esperança de que é possível reactivá-las".
Na verdade, os novos cabelos são tão frágeis e minúsculos que se tornam invisíveis a olho nu. Esta é a causa para as carecas, mesmo para as mais charmosas, ou para as entradas.
A causa para a fragilidade dos novos fios capilares está nas células estaminais que dão origem a esses mesmos fios de cabelo. Esta descoberta pode abrir caminho à cura da calvicie e os investigadores esperam desenvolver um creme para aplicar no couro cabeludo e ajudar as células estaminais a produzir fios de cabelo normais.
Fonte da notícia: BBC